quarta-feira, 22 de junho de 2011

Me deixe aqui.

Vai...
Vai embora!
Vai buscar teus ideais,
viver aquilo que acreditas ser bom para ti.
Vai...
Vai embora!
Vai viver tua vida,
as muitas vidas que tens pra viver.
Vai brincar de ser feliz!
Vai iludir, se iludir, ser iludido.
Vai...
Vai embora!
Vai vestir tuas máscaras,
suas múltiplas máscaras.
Vai estampar o sorriso falso,
vai fingir,
vai se perder sem nem mesmo ter se achado.
Vai...
Vai embora!
Me deixe aqui,
sem entender muito nem de mim, nem de você!
Vai e me deixa livre das amarras físicas.
Quisera eu poder me livrar das amarras invisíveis,
da teia de sentimentos em que, por vezes,
me encontro preso como agora.
Vai...
A porta vai permanecer aberta.
Se um dia quiseres voltar, não sei se a encontrará assim.
Se estiver fechada,
antes de entrar repentinamente com a ideia de me iludir mais uma vez,
bata na porta.
Se eu não atender,
Saiba que quem se foi fui eu!

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