terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Pra sermos felizes precisamos de muito pouco...

(...) é isso mesmo! Pra sermos felizes precisamos de muito pouco. No atropelo do dia a dia não nos damos conta do quanto somos felizes e nem dos muitos momentos que experimentamos a felicidade tão próxima a nos. Ainda bem que há dois dias tive a oportunidade de atestar isso; sentir como simples ações podem nos trazer sensações incríveis de paz, de esperança, de contentamento, de felicidade...
Tive a oportunidade de caminhar descalço sobre a areia da praia, de sentir a água do mar a banhar meus calcanhares. A água fria banhava-me os pés e ao pisar na areia úmida, meus passos ficavam registrados nas pegadas deixadas ao longo da praia. Juro que não olhei pra trás para vê-los, mas sei que estavam lá até que a próxima maré alta viesse e os levasse, permitindo que outro dia eu pudesse deixar novas pegadas, trilhar novos caminhos.
Os raios do sol escaldante das horas que marcam o meio dia chegavam à minha pele como a pedir licença para marcá-la de uma cor castanho-avermelhada, um bronzeado invejado por muitos. Ao mesmo tempo em que o calor do sol abrasava minha pele, a brisa vinda do mar me refrescava por instantes. Diante de mim uma imensidão de água, de várias nuances, indo de um verde claríssimo, translúcido ao azul que imita o céu e mais longe ainda a um cinza que refletia as nuvens espessas e pesadas que passam bem distantes.
Observando a magnitude daquele cenário, senti-me como criança quando procurei enxergar formas nas nuvens que se avolumavam à minha frente. Grandes flocos de algodão branquíssimos, outros azulados, alguns em tons de cinza... Com o uso da imaginação fértil, resquício de uma infância passada em contato com a natureza, vi bichos, seres fantásticos, lugares, fantasmas, anjos... Interessante era saber que dali a alguns minutos nada mais estaria ali; outras formas tomariam seu lugar.
Foi nesse ambiente de paz, sossego, tranquilidade, que pude perceber o quanto somos felizes sem nos darmos conta. A minha frente o mar imenso, do lado oposto dunas e falésias multicoloridas e a meus lados direito e esquerdo extensas faixas de areia que se prolongavam por distancias que a vista não podia alcançar. Ali, experimentei mais uma vez a felicidade. Pude sonhar, planejar, viajar...
E com os olhos cerrados, num tom de voz sussurrado, fiz uma oração.
Ao final do pequeno texto recitado de mim para mim, abri os olhos, olhei ao meu redor e disse: obrigado por este momento de felicidade!

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