segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

MEDO DE MIM

Se eu pudesse expressar o que sinto agora, talvez estas linhas de palavras seriam insuficientes; ou, talvez, eu mesmo o fizesse numa única linha, em poucas palavras.
Estou com vontade de chorar...
Não me perguntem por quê? Não me forcem a exteriorizar algo que não tem forma.
Tenho vontade de gritar...
Dentro de mim tudo esta ecoando um grito intenso, medonho.
Tenho medo...
Medo de tudo o que é conhecido, de tudo o que é desconhecido. Medo do que já sei.
Tenho medo de mim!
É como se uma tempestade estivesse a me arrasar por dentro. É como se eu sentisse tudo se fragmentando, se exaurindo, falecendo. Quem me olhar agora, não me verá; nem eu mesmo me reconheço. Se me vejo, não vejo quem sou. Vejo  outro, outros, muitos...
Não estou aqui. Minha presença física ocupa lugar nesse ambiente, mas minh’alma saiu, mudou de habitat, encontra-se foragida. Talvez eu esteja enganado; talvez ela não tenha saído pra lugar algum.
Está aqui, entre eu e eu mesmo, num profundo lamento de solidão e quase desespero.

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