quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Criança Carente

Você não ficou só no meu pensamento, pode ter certeza.
Você ficou como tatuagem em meu coração, 
pois quando o sinto bater posso sentir sua presença
enchendo-me de esperança,
tornando-me uma criança
carente do teu amor.

Meu Pedido (Soneto)

Rogo-te: dê-me uma chance!
Ouve o meu clamor de sofredor...
Nada resta-me agora a não ser pedir.
Escravo do teu amor eu sou,
Razão da minha vida!

Gostas de mim, eu sei!
Ama-me.
Mentis
A cada instante.

Rogo-te: não mintas!
Imaginar o quanto sogro
Bastaria para mim...
Eis aqui o ser que te ama e
Insignificante tu o julgas ser.
Resta-me esquecer...
O ontem foi ontem e chama-se passado.

Pensando em você!


Depois de tantos meses de ausência das palavras que partilho, vez em quando, volto à este instrumento de divulgação para compartilhar com aqueles aos quais tenho imenso carinho, admiração e afeto, parte de mim em palavras e versos livres. Até mesmo aqueles que desejem mergulhar num universo de reflexões e busca interior, sintam-se convidados a fazer parte de minha história, de minha natureza humana imperfeita e em aprendizagem.
Os antigos textos datados de décadas atrás tornam-se presentes a cada nova leitura. Gosto de reler, revirar, reviver, re... é como se a cada nova leitura, eu pudesse acrescentar coisas novas que tornam as palavras ali contidas mais fortes e prazerosas, mais vivas. Ou ainda, como se as palavras lidas em voz alta ganhassem uma entonação cheia de sentimento e verdade. É assim mesmo que me encontro, tentando me encontrar em textos antigos, escritos por mim mesmo, guardados em folhas amareladas pelo tempo e que, apesar de terem sido escritos há tantos dias passados, me fazem sentir os mesmos sentimentos e desejos de outrora.
Às vezes, penso que não seria capaz de escrevê-los agora, no tempo presente, pois tenho certeza de que tudo o que sinto agora é bem menor, bem menos intenso do que senti quando permiti que as palavras fluíssem no papel em dias de sofrimento intimo e solidão. Se hoje não sou capaz de escrever coisas tão profundas e cheias de melancolia como já o fiz, deve ser porque me acostumei a sofrer em silêncio e não deixando que a livre forma de expressão do meu eu venha à tona.
Ainda assim, aqueles mais sensíveis perceberão nas entrelinhas dos textos, poemas e sonetos por mim escritos gritos de lamento, abafados por lágrimas, nós na garganta e muita angústia. Sendo bem sincero, até eu mesmo lendo o que escrevi desconheço a mim mesmo.

TENHO PENSADO MUITO EM VOCÊ

Tenho pensado muito em você!
E há quando tempo eu não pensava em alguém com tanta frequência.
Faz longos dias que não nos vemos,
Mas ainda recordo-me da ultima vez que nos vimos,
E não poderia esquecer, já que tua imagem me visita, agora, constantemente.

Tenho pensado muito em você!
Tua lembrança traz-me felicidade,
Sentimento este que eu pensei que tivesse me abandonado.
Mas que nada, estava apenas adormecido dentro de mim
E tu, com tua meiguice veio despertá-lo e me trazer prazer.

Tenho pensado muito em você!
E cada vez que assim faço
Parece que mais e mais presente tu estás.
Se fecho os olhos posso ver-te bem perto, quase a me tocar.
Sinto até o cheiro de tua pele...
O calor de tua respiração...

Tenho pensado muito em você!
Teu sorriso largo e cheio de brilho me transmite paz e encantamento
E me deleito ao vê-lo em minha imaginação.
Tua simplicidade me cativa e
Tua ingenuidade me faz cada vez mais te querer.
Por tudo isso que aqui está  escrito, volto a dizer:
Tenho pensado muito em você!