terça-feira, 12 de outubro de 2010

Caneta e papel

     Aqui me encontro mais uma vez, deixando que meus sentimentos sejam revelados por meio da escrita.
Todas as vezes que assim faço, deixo aqui parte de mim, como se fosse um arquivo onde estão guardados os momentos de alegria e prazer, como também os de insatisfação e tristeza.
     Agora, sinto-me bem! é claro que muitas coisas me faltam, porém não tão importantes que eu as possa chamar de indispensáveis, fundamentais. Nada do que está ao meu redor agora me incomoda. Ouço apenas a brisa vindo do mar, o murmurar das ondas quebrando na praia e isso me traz paz.
é certo que um sentimento de solidão está bem fundo me causando um certo desconforto, mas não o bastante para me tirar a tranquilidade desse momento. Afinal, a solidão já convive comigo há muito tempo e já me acostumei com ela. é minha confidente, minha mais fiel amiga, aquela que nunca me abandona. E gosto dela! Sempre que necessito eu a encontro à minha disposição, para chorar minhas magoas, buscar junto dela a solução para meus problemas.
     E o eu seria sem a mesma? Quando falo de mim, não posso deixa-la oculta. Faz parte do meu ser. De onde estou só vejo manto negro da noite com poucas estrelas a iluminar meu olhar. Paro, penso, viajo por instantes... Quando volto ainda estou aqui, o caderno à minha frente, a caneta em minha mão, as palavras no papel.
     Tais palavras revelam quem eu sou, o que penso, o que sofro, o que almejo. Tiram a veste de mim, a máscara do meu rosto. O grito de dor mantém-se preso sem possibilidade de fuga. Meus lábios estão cerrados; só minha voz interior dita.
     Por instantes me distraio novamente. Estou de volta e ainda continuo aqui: as palavras no papel, a caneta em minha mão, o caderno à minha frente.
Roner Gama
Entre nos hà um abismo

Um abismo de palavras
duras, secas, até engraçadas.
Que nos levam do choro à gargalhadas
em questao de instantes.

Um abismo que nos afasta,
que nos faz seguir em direçoes contrarias.
Rumo a outras praias,
distintas e distantes.

é facil abrir a boca e falar!
Dificil é compreender sem se enganar,
apostar pra ver.

Triste é sorrir quando se quer chorar,
com o sangue escuro no peito a derramar.
Fechar os olhos e esquecer.
(Por Roner Gama)

Soneto da dor que doi

Soneto da dor que doi

Você, é a primeira pessoa que vem em meu pensamento,
sorrindo contente,
mesmo sabendo que estou doente,
sofrendo dores de amor a cada momento.

Teu olhar é radiante como os raios do amanhecer
que vêm iluinar meu coraçao
perdido na escuridão;
nem por um instante consigo te esquecer!

Se tu soubesses o que é amor,
saberias o tamanho da dor
que sinto a cada dia.

Vem aliviar minha dor!
Vem ver pulsar fracamente meu coraçao sofredor!
Vem trazer de volta a minha alegria!

(Por Roner Gama)

Sonetos e mais sonetos

Escrever sempre foi e ainda é um prazer!
Durante um tempo de minha vida, ter lapis e papel em minhas mãos me fazia viajar por universos bem distantes, repletos de sentimentos, seres fantasticos, ideias absurdas... Nesse periodo produzi alguns sonetos, falando de amor, decepçoes, medos, saudades... Quero partilhar essa produçao nessa ferramenta tecnologica que nos aproxima cada dia mais. Boa leitura!!!

 

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Outras criaçoes em Origami

Lirios
Casal de Gatinhos




A águia

De uma simples folha de papel, as figuras surgem e, como num passe de mágica, fascinam ao se mostrarem semelhantes ao real.

Uma das minhas paixões


O Tsuru - figura símbolo do Origami

O Origami, a arte de dobrar papéis, me acompanha desde tenra idade. Recordo-me com saudosismo de ter sido apresentado à esta arte quanto ainda menino pela nossa amiga Judite. Vindo passar uns dias em nossa casa, Judite alegrou-me ao dobrar um recorte de papel e me entregar uma figura pronta. Achei magico (e ainda acho) ver surgir de um simples pedaço de papel uma figura semelhante ao visto no real. A figura presenteada a mim por Judite foi o Tsuru, a figura símbolo do Origami. Desde então, apaixonei-me por essa arte, não apenas por achar fantástico o resultado das dobraduras, mas por conhecer o quanto o Origami pode ser útil àqueles que o praticam no desenvolvimento de valores como paciência, concentração, respeito, tranquildade, paz, perseverança, entre outros.
Para os interessados em conhecer um pouco desse universo, um pouco da historia da origem do Origami.

O porco

No segundo século d.C., o papel foi inventado na China e, com ele, teve origem quase simultânea a arte de dobra-lo para obter formas de objetos, de animais, de flores ou ainda formas abstratas. O percurso da China ao Japão foi rápido e, exatamante nesse ultimo, a dobradura do papel floresceu e adquiriu extraordinària importância.

O Elefante

De inicio, foram os monges que, predominantemente se ocuparam do origami - literalmente, "dobradura de papel" - construindo objetos rituais que representavam a oferta e testemunhavam a presença da divindade no templo. Com o passar dos séculos, partindo de um uso primeiramente reservado àqueles que se podiam permitir a utilização desse material por demais custoso, o origami foi se tornando passatempo para as classes mais abastadas. Tendo encontrado finalidades praticas na vida cotidiana, passou, por fim, a fazer arte integrante do ensino nas escolas. Acompanhou, pois, de certo modo, os altibaixos da produção do papel que, em se tornando sempre mais acessível, favorecia, consequentemente, a difusão do origami.
Além de arte, o origami é hoje considerado no Japão, mais que um jogo, um divertimento construtivo e um passatempo inteligente. Com efeito, praticar o origami significa concentrar-se na forma a ser obtida, implica em ser absolutamente preciso na produção da obra e em seguir uma progressão lógica, coordenada de movimentos das maos, afim de obter um produto o mais perfeito possível. Portanto, o origami estimula e engrandece a capacidade de concentração, aumenta a destreza manual e induz a uma excelente correlação entre aquilo que é idealizado e o que é executado.
O origami é um instrumento educativo!
Fonte: ZANELLI, Cândida Mascia. Brincando com dobraduras. Vol. I - Ed 7 - São Paulo: Paulinas, 2007.

A Borboleta


Depois de conhecer um pouco mais sobre o origami, adquiri livros, aprendi com outros apaixonados figuras simples e também mais complexas. Mais que um passatempo, o origami para mim representa uma das coisas que me coloca em sintonia com o sublime, com a essência da vida.






segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O tempo não espera

Nada dura para sempre!
As duras pedras, acabam por quebrar-se;
As rosas, por mais belas que sejam, murcham;
As nuvens, que parecem eternas, se dissipam.
Corramos! O tempo não espera por ninguém.

Por Rôner Gama

Angustia

me sinto tão triste,
com os olhos umidos de làgrimas
folheando antigas pàginas
lembrando que ainda existes.

dentro de mim és tão presente;
olho pros lados e nada,
olho minh'alma abalada.
como eu poderia estar contente?

sem você aqui é tão ruim!
é como se nada existisse em mim,
um imenso vazio a me invadir.

choro! em silêncio te imploro:
por que não vens, tu que tanto adoro?
até quando iràs resistir?

Por Rôner Gama

Meu lamento

é como se eu estivesse sonhando,
ouvindo tantas palavras me ferindo a alma
lembrando o que passou e dizendo-me: calma!
e por fim estar chorando.

tudo o que aconteceu tinha que acontecer.
viver num mundo de ilusão,
sonhar, querer, curtir uma paixão:
nada disso irà me refazer.

o golpe em meu peito agora é fatal.
ainda bem que pareço ser normal,
embora ainda seja louco por ti.

Sua voz em meus ouvidos,
sussurando lamentos e pedidos
so lembra-me a dor de saber que te perdi.

Por Rôner Gama

Por que um tiquinho de tudo?

Sempre gostei de escrever. Ultimamente, tenho sentido falta dessa atividade que durante alguns anos me ajudou a descobrir um turbilhão de coisas que, como todo ser humano, passei em minha vida: amores, decepções, conquistas, percurssos...
Durante alguns anos de minha juventude, escrevi inumeros textos falando de amor, de saudade, de perdas, de felicidade num velho caderno que ao longo dos anos foi se deteriorando. Hoje não tenho mais esse caderno, mas grande parte do conteudo deste foi transcrita para pàginas avulsas e colecionadas em uma pasta. Senti necessidade de partilhar desses momentos com todos aqueles que tem a sensibildade de perceber nas palavras os sentimentos nobres e verdadeiros daqueles que amam, que choram, que se emocionam com aquilo que a maioria das pesssoas julga banal. A idéia da criaçao deste blog - Um tiquinho de tudo - tem sua origem na necessidade de expressão dos sentimentos em forma de poesias, pinturas, desenhos, momentos de reflexão, enfim, trabalhos realizados por mim, para que todos aqueles que venham a visitar essa ferramenta de divulgação possam conhecer esse meu lado poético (no sentido completo da palavra).
Que todos aqueles que venham a visitar esse blog permitam-se ser tocados pelo sentimentos revelados nas palavras, nas cores, nos objetos e no tiquinho de arte que desejo compartilhar.

Por Rôner Gama